Há um sítio onde gosto de ir. Mas é longe e não dá para ir de carro. Caminho pela areia. É à beira-mar. Sinto hostilidade no mar. As ondas enrolam e cospem os grãos de areia. Não se vê ninguém até á linha do horizonte. Respiro profundamente com os olhos fechados e encho os pulmões. Fico assim até sentir a serenidade tomar lugar à ansiedade. É fim de tarde. Regresso e sinto a escuridão a cercar-me. A loucura por perto. O pânico, misturado com fugazes momentos de máxima lucidez. É perigosa, a loucura. Há um ponto onde se chega e não há mais respostas. É como chegar ao final do caminho e saber-se que não se pode avançar mais. Descontraio-me. Respiro suavemente. Creio que a loucura se afasta.
E não sei que mais. Não me recordo. Creio que continuei a caminhar.
E não sei que mais. Não me recordo. Creio que continuei a caminhar.
4 comentários:
ah, as misturas de cor(es)...
;)
beijo* e boa semana!
Já viste o que seria de nós sem esses escapes?
mariazinha
e são tantas!Infinitas!
Beijo
abssinto
esses e este.Fragmentos dispersos?...
E tu deixas a loucura ir assim? De ânimo leve?
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