sábado, 29 de setembro de 2007


Já começo a ver.
Não muito nítido, mas já distingo feições familiares.
Nítida está a memória do dia em que reparei que não tinha reflexo no espelho. Não se pode viver sem que ao menos as superficies planas nos devolvam uma qualquer imagem nossa.

Não se devia amar quem não dobra o seu corpo sobre nós em forma de concha
foto by LP

3 comentários:

Bad Girl disse...

É por estas e por outras que me irrita saber que coisas tão bem escritas como estas e outras foram apagadas de forma... humm, deixa. O presente é que importa. Lindo, está lindo.

perdida em Faro disse...

Concordo prefeitamente! A história do Rui Veloso "Não se ama alguém que não ouve a mesma canção" também tinha graça mas este apontamento...sem dúvida que ultrapassa a gargalhada e em muito. A verdade é mesmo essa. Metam-se todos/as em posição fetal e vejam quem é que está disposto a encaixar-se com quem...Depois, preparem-se para as surpresas!!!

Simone disse...

Acho que de certa maneira somos responsaveis pelos sentimentos, e que em parte nós escolhemos as pessoas que amamos. A outra parte, deixar de amar, é que já não controlamos.