"Em ‘conversas de corredor’ as ideias pré-concebidas acerca da sexualidade dos lesionados vértebro-medulares despacientam-me cada vez mais e confesso, chego a perder a vontade de explicar tudo outra vez. Mas estas pessoas não sabem a diferença entre o sexo e a sexualidade? Refiro-me a profissionais que teriam a obrigação (pela sua proximidade) de conhecer melhor estes meandros que a maioria das restantes pessoas… Pois, mas não, não sabem a diferença e a facilidade de catalogar tudo como idêntico, semelhante ou igual, cria mitos:
As pessoas de cadeira de rodas não são atractivas.
É uma tragédia estar numa cadeira de rodas, por isso devem ser venerados.
Os lesionados vértebro-medulares não podem ter filhos.
A lesão medular impede que estas pessoas sintam desejo sexual.
A incontinência faz com que o acto sexual seja desagradável e acaba por anular a relação.
A pessoa com lesão medular não experimenta orgasmos.
A lesão medular pode ser passada aos filhos caso consigam tê-los.
É preciso sublinhar vezes sem conta que as pessoas com lesão vértebro-medular podem exercer uma sexualidade plena e em harmonia. Educar é urgente e fundamental. Educar socialmente e pessoalmente para que haja um re-descobrir de novos prazeres e desejos, um conhecimento do seu novo corpo. Tudo isto pode ser aproveitado de uma forma apaixonante. É tudo uma questão de atitude!"
"Roubei" este post do blog Depois do Trauma , um dos que visito regularmente e aconselho a leitura, que aborda entre outros temas, a sexualidade dos lesionados vértebro-medulares. Acho fantástico e de inaltecer o trabalho destes profissionais e em especial o da autora do blog, por divulgar situações como esta, no post, porquê infelizmente ainda há muitas ideias pré-concebidas em relação á sexualidade de por exemplo uma pessoa numa cadeira de rodas.
E é tudo uma questão de atitude. E a sexualidade é importante, faz parte de nós e todos têm direito a ela.
Bom fim de semana!
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
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7 comentários:
É de facto impressionante a ignorância que ainda existe face a determinadas situações.
Concordo com a importância de educar, mas temo que muita gente simplesmente não queira saber...
Bom fim-de-semana.
...porém, é cada vez mais difícil "não querer saber"!
Sei, por experiência própria, que já lá vai o tempo em que facilmente se contavam as cadeiras de rodas avistadas num ano - apontando-as, literalmente, a dedo...
Hoje, feliz ou infelizmente, é uma realidade incontornável, com a qual os jovens convivem 'quase' com normalidade.
Quero acreditar que o tempo, os jovens, e gente como a Ana - ou quem a transcreve ;) -, acabem por educar esses 'macaquinhos' - que ñ querem ver, ouvir nem falar!!! :D
Simone
Infelizmente. Cabe-nos a nós ser parte da resolução e não do problema.
mm
Para quando um blog?
Boa ideia, L'etranger! A MM bem que nos poderia dar o prazer de a ler num blog...
É claro k todos têm direito à sexualidade…mas algumas andam sempre a levar com a rameira da amizade pela tromba…
Lol…
Não consegui resistir… tive mesmo k avacalhar isto…
*
Caríssima Branca e cromos, desde que não ofenda ninguém, nem leve o administrador deste blog a incorrer em algum processo jurídico, seja livre de opinar e coicear à vontade e se lhe dá gozo, avacalhe!
Bem vinda.
Ahahhahahaahahahhaah, isto é tudo medo k eu arme barraca?
A minha fama precede-me, estou orgulhosa!!
Fique descansado k não é meu hábito dar coices a torto e a direito ou por tudo e por nada, lol
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